segunda-feira, 5 de maio de 2008

Chrysler Grand Voyager SE 2.8 CRD 2008

Estamos perante a nova Chrysler Grand Voyager, premimos duas vezes um dos botões no comando da chave e a tampa da mala abre-se electricamente. O comprimento da bagageira não é muito, na configuração de sete lugares, mas o "fosso" existente nesta zona (no qual se "aninha" a terceira fila quando recolhida) abre alas para que tenhamos à disposição uns gigantes 638 litros. Olhando para a ficha técnica é ligeiramente menos do que na geração anterior mas, agora, para arrumarmos a terceira e última fila de bancos, temos um sistema eléctrico que faz tudo sozinho. À distância de um toque num botão até podemos escolher se pretendemos rebater o banco todo (os três lugares existentes nesta fila) apenas o lado esquerdo do banco (dois lugares) ou o lado direito (apenas um lugar).

Dois cliques noutro botão do comando da chave e abrimos uma das portas traseiras laterais… também electricamente. O habitáculo tem um espaço imenso. A fila do meio apresenta dois bancos individuais e lá atrás existem os tais três lugares, exactamente como na anterior Grand Voyager. Mas agora, na fila intermédia, os vidros abrem, temos cortinas para o sol e até bancos aquecidos. Uma vez aqui sentados, também podemos usufruir do novo sistema de multimédia (2500 € - ver caixa). Em qualquer um dos sete lugares ficamos sentados comodamente e com espaço, embora lá atrás o assento seja um pouco inclinado (para existir altura suficiente) o que pode trazer cansaço em viagens mais longas. A verdade é que nos trajectos por nós efectuados, de distâncias médias, não provocaram qualquer "contra-indicação". O ambiente está renovado, com nova decoração e até um sistema de iluminação indirecta nocturna (em tons verde/azulados) oferece uma atmosfera requintada a esta zona. Não existem materiais suaves ao toque, mas o que compõe o tablier é cativante ao olhar. As aplicações em madeira é que são de gosto discutível. Inquestionável é a utilidade do sistema Stow'N'go, que continua presente. Arrumar os bancos da fila do meio sob o piso e ficar com um “salão de dança” ao mesmo tempo que se mantêm cinco lugares, continua a ser possível. Ou então, optar por ter sete lugares e aproveitar esse espaço sob o piso. Está visto que a nova Grand Voyager mantém as propriedades que a deixam tão apetecível: uma excelente habitabilidade, versatilidade e muito espaço para bagagens.

No campo tecnológico, a nova Chrysler traz novidades. O sistema de navegação por DVD (1160 €) inclui uma câmara que se activa com a marcha-atrás, para visualizarmos o espaço existente na retaguarda, enquanto que os sensores de estacionamento são de série nesta versão Limited. Existe um mundo para descobrir e desfrutar na nova Grand Voyager e quase nos esquecemos como o conforto da Grand Voyager está melhor (a suspensão traseira deixou as molas de lâminas e tem agora um eixo rígido com molas helicoidais) e a dinâmica mais competente. A posição de condução é boa mas podia ser melhor se o volante regulasse em profundidade. O novo motor 2.8 CRD com 163 cv tem, também, uma nova caixa automática de seis relações (a anterior possuía uma antiga e pouco prestável caixa de quatro relações). Juntos, trazem à nova Chrysler melhores prestações e muito mais tranquilidade a rolar em estrada. Por isso, a Grand Voyager continua uma excelente opção para distâncias de fundo, o propósito para que foi concebida. E vinda da terra do Tio Sam, faz todo o sentido que assim o seja. Para uma família numerosa, e caso não se importe com os cerca de 60 mil euros que a nova Grand Voyager custa, esta senhora americana promete ser uma excelente companhia.