terça-feira, 25 de novembro de 2008

Fiat 500 Abarth Opening Edition

“Serial number 69”. É esta a inscrição que surge na placa colocada na consola centra l deste Fiat 500 “especial” que o Autohoje teve acesso. Este exemplar é um dos 49 Fiat 500 Abarth Opening Edition produzidos para o resto do mundo, uma vez que os 100 previamente planeados destinam-se apenas ao mercado interno de Itália. Este 500 é, portanto, uma peça rara e até de colecção. A estética é fantástica e está extremamente bem conseguida. Poucos automóveis desta dimensão se podem orgulhar de possuir uma estética tão imponente, tão musculada e tão forte e cativante ao olhar. Este possui a cor branca, uma das duas possíveis de se encomendar.

Os pára-choques gigantes, as entradas de ar enormes e as jantes de 17 polegadas criam um efeito visual surpreendente no pequeno 500. Os travões Brembo com pinças em vermelho mostram com orgulho que estão aptos a morder uns discos ventilados e perfurados à frente e “apenas” perfurados atrás. O ar “engraçado” do 500 dá lugar a uma imagem vincadamente desportiva desta versão Opening Edition. Visto de trás, há lugar para duas saídas de escape complementadas pelo pára-choques também com formas bojudas. O quadro é edílico! Assim que o 1.4 ganha vida o sistema de escape oferece-lhe uma sonoridade idêntica a uma panela a borbulhar. Não temos um volume muito elevado, mas o suficiente para parecer que não estamos perante um quatro cilindros. A condução do 500 Abarth Opening Edition é fácil. Os comandos são suaves, a caixa é leve e o Fiat deixa-se levar com uma tranquilidade fascinante. A suspensão firme é ideal para explorar as capacidades dos 160 cv, mas não é demasiado desconfortável. O “problema” é o eixo traseiro, menos tolerante às depressões do piso.

Em cidade pode ser, para alguns, um pouco desconfortável, mas para nós nem interessa face ao ambiente que se vive a bordo deste 500 tão raro. As bacquets Recaro oferecem um bom apoio do corpo, o volante Abarth específico desta versão oferece boa pega, o punho da alavanca das mudanças é em alumínio e até o painel de instrumentos é específico, mas ainda temos o manómetro da pressão do turbo e a indicação luminosa para passarmos para a relação seguinte.

Com 160cv extraídos do 1.4 turbo, o 500 podia ser difícil de conduzir face às suas dimensões minúsculas. Mas não. O Opening Edition faz bom uso da suspensão firme para se tornar eficaz. A direcção leva-nos informação q.b. às palmas das mãos e, premindo o botão TTC (Torque Transfer Control), obtemos um efeito autoblocante elaborado electronicamente, ficando o 500 apto a distribuir a potência entre as duas rodas motrizes. O botão “Sport” torna a direcção mais pesada e o pedal do acelerador mais sensível ao movimento do pé direito para deixar o envolvimento homem/máquina ainda melhor. O prazer de condução está garantido e os limites de aderência que este 500 consegue suportar são surpreendentes. Curvar rápido não é desconhecido para este Fiat, ainda que este 500 peça para ser conduzido de forma “cerinha” em prol de uma condução mais lúdica. As prestações são boas e o 1.4 é sempre disponível, seja qual for o regime pretendido para “colar” o acelerador no fundo. Os 160cv surgem de forma linear, tendo em conta que estamos perante um turbo de geometria fixa. Mas esta vai ser uma sensação reservada a muito poucos: 149 no mundo inteiro para sermos mais precisos.

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