Acusado de ser, apenas, a versão de três portas do C3, o C2 nunca se assumiu como uma alternativa credível ao moribundo Saxo como porta de entrada no universo da Citroën. O recém chegado C1 promete assumir esse papel, destacar-se entre os citadinos e, pelos argumentos anunciados, pode, inclusivamente, canibalizar as vendas do C2. A explicação é simples, apesar de ser substancialmente mais pequeno em dimensões, o C1 tem a vantagem das cinco portas (a variante de três deverá chegar em Janeiro de 2006), uma habitabilidade capaz de envergonhar o seu irmão mais velho e de contar com um muito competente 1.0 de 68 cv, contra o antiquado 1.1 de 61 cv que equipa os C2 e C3. Se estes argumentos são válidos para os seus irmãos de gama, não o são menos num segmento que está novamente na ribalta. O primeiro a chegar dos três gémeos resultantes do casamento por conveniência entre a Toyota e o grupo PSA, o C1 tem tudo para se afirmar num mercado como o nosso. O facto de ser «pequenino» e «redondinho», as dissimuladas portas traseiras e o olhar esbugalhado dos proeminentes faróis dianteiros, despertam a curiosidade por onde passava. Ainda que resultante de uma análise pouca objectiva, se a estética ainda é um poderoso catalisador de vendas, o C1 pode ter no design um aliado de peso.
Mas não o único. As reduzidas dimensões exteriores (3,43 metros) colocam-no claramente abaixo da maioria dos concorrentes directos, mas as cotas de habitabilidade deixam o C1 bem posicionado, sendo bastante mais comprido atrás que um Kia Picanto e tão largo como o novo Chevrolet Matiz. Mas não há milagres, e com um comprimento inferior ao de um extinto AX, alguma coisa tinha de ser sacrificada e, neste caso, a mala foi a grande vítima. Com apenas 139 litros, a bagageira do C1 encontra-se entre as mais pequenas do segmento e nem o facto de os bancos traseiros serem rebatíveis assimetricamente serve de grande consolo. Outro dado curioso diz respeito à tampa da mala, tarefa que ficou a cargo do óculo traseiro e que torna o acesso demasiado alto. Feito à medida de uma cidade como a de Lisboa, o C1 esgueira-se pelas ruelas com uma agilidade invulgar e enfrenta os desníveis da capital com um vigor pouco consentâneo com a baixa cilindrada do pequeno três cilindros originário da Toyota. Com 68 cv de potência e 93 Nm de binário, o enérgico 1.0 move com desenvoltura os cerca de 790 Kg do C1 e a bem escalonada caixa de cinco velocidades contribui efectivamente para os bons valores registados nas prestações (13,6 segundos nos 0 a 100 Km/h) e nos consumos, onde e média ponderada não foi além dos 5,9 litros aos 100 Km. O comportamento é outra das surpresas do C1, com a suspensão a controlar eficazmente o rolamento da carroçaria. O reverso da medalha está num conforto perfectível, com a taragem firme da suspensão a tornar o C1 «saltitão» no mau piso. A travagem também não é um dos seus pontos fortes, com as distâncias alcançadas a deixarem o C1 em maus lençóis face aos concorrentes directos. Quanto ao preço, a análise deste C1 pode ser ambígua. Face aos seus irmãos de gama e às mais valias que oferece, os 11 550 euros pedidos (mais 800 euros para o ar condicionado) não nos parecem exagerados. Mas, por outro lado, se tivermos em conta que a versão mais equipada do Matiz 1.0 custa menos 1000 euros e já inclui o ar condicionado, o C1 poderá já não parecer assim tão acessível.
Mas não o único. As reduzidas dimensões exteriores (3,43 metros) colocam-no claramente abaixo da maioria dos concorrentes directos, mas as cotas de habitabilidade deixam o C1 bem posicionado, sendo bastante mais comprido atrás que um Kia Picanto e tão largo como o novo Chevrolet Matiz. Mas não há milagres, e com um comprimento inferior ao de um extinto AX, alguma coisa tinha de ser sacrificada e, neste caso, a mala foi a grande vítima. Com apenas 139 litros, a bagageira do C1 encontra-se entre as mais pequenas do segmento e nem o facto de os bancos traseiros serem rebatíveis assimetricamente serve de grande consolo. Outro dado curioso diz respeito à tampa da mala, tarefa que ficou a cargo do óculo traseiro e que torna o acesso demasiado alto. Feito à medida de uma cidade como a de Lisboa, o C1 esgueira-se pelas ruelas com uma agilidade invulgar e enfrenta os desníveis da capital com um vigor pouco consentâneo com a baixa cilindrada do pequeno três cilindros originário da Toyota. Com 68 cv de potência e 93 Nm de binário, o enérgico 1.0 move com desenvoltura os cerca de 790 Kg do C1 e a bem escalonada caixa de cinco velocidades contribui efectivamente para os bons valores registados nas prestações (13,6 segundos nos 0 a 100 Km/h) e nos consumos, onde e média ponderada não foi além dos 5,9 litros aos 100 Km. O comportamento é outra das surpresas do C1, com a suspensão a controlar eficazmente o rolamento da carroçaria. O reverso da medalha está num conforto perfectível, com a taragem firme da suspensão a tornar o C1 «saltitão» no mau piso. A travagem também não é um dos seus pontos fortes, com as distâncias alcançadas a deixarem o C1 em maus lençóis face aos concorrentes directos. Quanto ao preço, a análise deste C1 pode ser ambígua. Face aos seus irmãos de gama e às mais valias que oferece, os 11 550 euros pedidos (mais 800 euros para o ar condicionado) não nos parecem exagerados. Mas, por outro lado, se tivermos em conta que a versão mais equipada do Matiz 1.0 custa menos 1000 euros e já inclui o ar condicionado, o C1 poderá já não parecer assim tão acessível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário