
Montado com materiais que deixam algo a desejar, o habitáculo deste Dodge é espaçoso e só se lamenta que os bancos sejam demasiado esponjosos. A posição de condução tem um grande contra que é o facto de não ser fácil de regular. O volante só ajusta em altura, mas o pior são os plásticos que estão por baixo da coluna de direcção, responsáveis por complicar a obtenção de um bom compromisso entre o banco e os pedais pois dificilmente o condutor não bate lá com os joelhos. O mais provável é ficar-se com as pernas muito esticadas face aos pedais. Muito confortável na forma como suprime os pisos mais degradados, o Caliber faz jus ao seu gene americano revelando uma suspensão suave à qual se juntam uns pneus de perfil 60 que ainda ajudam mais a filtrar as vibrações no habitáculo. Se a estrada se torna mais sinuosa, então as suspeitas confirmam-se e o gene americano está mesmo lá. A suspensão não evita o adorno da carroçaria e a direcção peca por não ser nem muito directa, nem muito precisa. O resultado é uma frente que teima em fugir e à qual se junta um controlo de estabilidade muito sensível que acaba por piorar as reacções do Caliber. Apesar de tudo este Dodge cumpre, mas sem ser brilhante na classe. Com um preço base de 29 500 euros a unidade ensaiada possuia pintura metalizada e está equipada com o Pack Hi-Fi que inclui o volante em pele com comandos do auto-rádio, sistema de som Boston e a Music Power Gate que não é mais do que duas colunas escamoteáveis na tampa da mala. Tudo isto aumentou o preço para 30 550 euros, o que mesmo assim, é um valor competitivo, pois a Dodge propõe o Caliber com motor Diesel 2.0 TDI do Grupo Volkswagen ao mesmo preço que outras marcas apresentam propostas com unidades de 1,6 litros.
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