sábado, 11 de agosto de 2007

Lexus IS 250 Aut.

Com a chegada do novo Lexus IS, os «todo-o-poderosos» alemães que se cuidem! Ao japonês não lhe falta imagem, o vinco é clássico e vanguardista e as dimensões balizadas com o porte contido mas aristocrático dos Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C. Para além de que o Lexus é ainda um desconhecido, marcando pontos numa imagem de distinção. O abrir de porta revela um mundo de sofisticação, soberanamente ladeado por um ambiente de requinte, bom gosto e qualidade. Facilmente damos conta que a habitabilidade continua a não ser o forte do IS, mas a ergonomia dos bancos (nesta versão de topo de gama são forrados a pele, possuem regulações eléctricas e memórias para condutor e passageiro) é fonte de bem-estar. O condutor não consegue uma postura ideal atrás do volante (ligeiramente mais alta do que seria desejado), valendo-se, em vez disso, de uma óptima sensação de conforto.

A utilização de revestimentos de excelente qualidade e uma montagem à prova de fogo são itens que colocam este Lexus no topo dos «Premium», um factor que aliado à reputada fiabilidade deste Toyota de luxo justifica o elevado índice de satisfação de cliente, aferido em mercados como o americano ou inglês. O painel de instrumentos retro-iluminado pode não ter a dose de originalidade da anterior geração, mas espelha o elevado índice de inovação presente neste produto.

À prova de bala
Embora esta versão equipada com motor 2.5 V6 a gasolina de 208 cv, de tecnologia de injecção directa, esteja longe de ser a mais apetecível para o mercado nacional, acaba por ser uma excelente rampa de lançamento para se usufruir de todo o suco luxuoso e de toda a imensidão de suavidade existente. Carregando no botão «start/stop» (tal como o Série 3, o novo IS já dispensa a tradicional chave) o motor mal se ouve e, a arrancar, o seu efeito é próximo ao de uma motorização eléctrica, ou seja, nada se sente. Um atributo que, aliado ao trabalho desenvolvido no acerto dos casquilhos da suspensão, faz com que este Lexus deslize pelo bom piso como um «alfaiate» se desloca à superfície da água! No entanto, esta versão Sport, com suspensão desportiva e jantes de 18 polegadas, acaba por não deixar saborear na totalidade todo este refinado conforto de rolamento, já que não se coíbe de sacudir o IS250 em pisos mais degradados, uma sensação longe do bem-estar permitido pelas versões «normais» que experimentamos aquando da apresentação internacional. A firmeza no pisar é um dado adquirido, como que a chamar à exploração dinâmica.

Com estas afinações e pneus (que acabam por gerar um elevado ruído de rolamento), o limite de aderência atinge níveis muito elevados e a direcção está muito mais comunicativa e detentora de um feeling mais apurado que na anterior geração. O refinamento agora colocado na condução permite explorar a excelência deste chassis sem criar sobressaltos. Uma consulta ao velocímetro pode gerar surpresas face às velocidades de passagem e o factor «tracção traseira», juntamente com uma distribuição equilibrada dos pesos, é atributo técnico para todo o equilíbrio dinâmico. Vibrações, esticões ou reacções repentinas são desconhecidas. Para mais quando este motor (aqui associado a uma suave mas despachada caixa automática de seis longas relações e capaz de consumos moderados em auto-estrada) também ajuda ao refinamento geral, deixando as performances puras um pouco de lado. O melhor de tudo isto ainda está para vir em Janeiro, quando a todos estes pecados, aqui um pouco inacessíveis, se juntar a esperada versão Diesel de 177 cv. Aí sim, os alemães vão ter razão para se sentir temidos!

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