
Isto porque, em estrada, as sensações são muito próximas. Um tacto do eixo da frente, dado pela direcção, como nenhum outro automóvel pode oferecer e um eixo traseiro que só descola do asfalto se provocado. No caso do Targa 4S, a via traseira alargada 44 mm e calçada por pneus 305/30 ZR 19 ainda o torna mais agarrado. Apesar de a embraiagem central multidiscos enviar para as rodas da frente um mínimo de 5% e um máximo de 40% de binário, a verdade é que o conjunto completo resulta um pouco subvirador, sobretudo na saída das curvas mais apertadas. Um sintoma de demasiada aderência nas rodas de trás. De resto, o motor de 3,8 litros de 355 cv continua a exibir um temperamento mais desportivo que o 3.6, sobretudo quando se passam das 5500 rpm e o variador de fase VarioCam Plus faz mudar o som do «boxer», tornando-o mais feroz. As acelerações que medimos bateram as anunciadas e as distâncias de travagem são fantásticas, em parte fruto de quatro pneus novos montados para este ensaio. O comportamento continua caracterizado pela actuação do volante, pedais e alavanca da caixa muito rápida e precisa, em condução desportiva por estradas sinuosas. Em auto-estrada, o modo Normal da suspensão regulável deixa a carroçaria mover-se demasiado sem que se ganhe grande coisa em conforto. A outra crítica vai para a utilização da embraiagem em cidade, que obriga a esforço da perna esquerda. Na verdade, o facto de ser um Targa é apenas um detalhe, quando o condutor se embrenha na condução de um 911. Mesmo visto por fora, de perfil apenas o friso metálico que corre do pilar dianteiro ao traseiro, num acabamento que faz lembrar o arco do Targa original, o distingue de qualquer outro 911.
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