
Apesar das alterações feitas na suspensão, com mais dez por cento de amortecimento e molas oito por cento mais duras no eixo da frente, tudo no sentido de a tornar mais controlada, os engenheiros suecos não perderam de vista o conforto. De facto, tal como o seu antecessor, também esta versão de topo oferece um nível de indiferença para com os maus pisos que surpreende, tendo em conta que a suspensão é dez milímetros mais baixa que nas outras versões e que monta pneus largos e baixos, 235/45 R17. Mas isso acontece em claro detrimento da precisão dinâmica. Em estradas sinuosas, a frente oscila para cima e para baixo ao sabor da maré das acelerações e travagens ou das bossas e depressões da estrada. Quando se insiste, a subviragem surge de forma terminal, pouco antes de o controlo de estabilidade «cortar» o motor. Da suspensão traseira não se espere grande colaboração, de tão «agarrada» que está ao chão. Enfim, este não é o «habitat« natural do 9-5. Ele prefere as auto-estradas, onde o único problema é a caixa de apenas cinco relações que se mostra longa, nas relações mais baixas, e curta, nas mais altas. Os bancos continuam a ter o conforto típico da marca, mas o apertado espaço a bordo, a ultrapassada ergonomia e o limitado ajuste do banco e do volante mostram que, apesar da nova cara, que estreia o futuro ar de família dos próximos modelos da marca, este 9-5, «refrescado» pela segunda vez, está a precisar do seu mandato revogado.
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