sábado, 11 de agosto de 2007

Suzuki Grand Vitara 1.9 DDIS X-Sport

Apesar de conscientes de que seria uma solução temporária, inicialmente a carroçaria de três portas do novo Grand Vitara só podia ser associada ao motor 1.6 a gasolina e a um sistema de tracção integral simplificado, que só possui o modo 4H e em que a repartição estática é, maioritariamente, traseira (47:53), sendo a variação de potência feita, por efeito do diferencial livre, entre os dois eixos. Mas, como já antevíamos, a combinação do motor 1.9 DDIS de 129 cv e a variante de três portas era inevitável.

Para quem as cinco portas não são um argumento decisivo ou a capacidade da mala primordial, as vantagens desta versão são inegáveis. E começam logo no preço. Se considerarmos níveis de equipamento semelhantes, neste caso o patamar intermédio X-Sport, a versão de três portas é 2 mil euros mais acessível. Além disso, as menores dimensões exteriores têm alguma vantagem na mobilidade em cidade e permitem um maior desembaraço em todo-o-terreno, cenário onde o Grand Vitara se sente particularmente à-vontade para um SUV. Para isso contribui o baixo peso do conjunto (1495 kg), a menor distância entre-eixos (menos 200 mm que o cinco portas), que beneficia o ângulo ventral, e uma tracção integral similar à que podemos encontrar no cinco portas.

Além do «tradicional» modo 4H, este sistema acrescenta a possibilidade de bloquear manualmente o diferencial central, um autoblocante, numa repartição equitativa entre os dois eixos. Quando o terreno ou a situação assim o exigem, o Grand Vitara 3P possui ainda redutoras. Não menos curiosa é a plataforma deste Suzuki, já que ao «normal» chassis monobloco foi associado um reforço em escada que faz lembrar os tradicionais chassis de «travessas e longarinas» e que contribui, decisivamente, para a solidez do conjunto no fora de estrada. Já em alcatrão, o Grand Vitara tira partido das suspensões independentes em ambos os eixos para oferecer um comportamento mediano e níveis de conforto aceitáveis, especialmente se compararmos com a anterior geração Vitara. Ainda assim, a estabilidade direccional e, acima de tudo, o conforto de rolamento são inferiores aos oferecidos pelo irmão de cinco portas. Inalterado continua o 1.9 DDIS de 129 cv. Apesar do bom valor de binário (300 Nm), este só é atingido às 2000 rpm, o que se traduz em alguma falta de vigor abaixo desse regime. A caixa curta (a quinta praticamente esgota) ajuda a atenuar o «problema», mas não o consegue erradicar na plenitude. Em jeito de conclusão, para os mais jovens (de corpo ou espírito) que não precisem de uma versão vincadamente familiar, este Grand Vitara 1.9 DDIS de três portas é uma proposta tentadora, especialmente tendo em conta a relação preço/equipamento e a versatilidade de utilização de um todo-o-terreno que não se fica apenas pelo «parecer»: é-o no verdadeiro sentido da expressão.

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