sábado, 4 de agosto de 2007

Toyota Hilux 4x4 Tracker 2.5 D4-D 120cv

Para concorrer de forma menos inibida com as rivais directas, todas mais potentes, a Hilux precisava, até agora, que o importador nacional incluísse um kit de potência, opcional, que concedia ao bloco 2.5 D-4D 125 cv. Agora, o produtor nipónico ofereceu à gama um bloco renovado. O mote principal foi poder cumprir as normas sobre as emissões Euro 4, mas o resultado prático é um motor mais moderno.

Este novo coração recebeu um novo turbo e adoptou um intercooler, sendo visível a nova entrada de ar no capot que, a par dos faróis de nevoeiro, encerra praticamente a lista de novidades exteriores. De origem, passou a contar com 120 cv e, apesar da passividade com que pauta o seu desempenho, nas retomas fica muito próxima da predecessora «reprogramada» pelo importador luso. Na aceleração dos 0 aos 100 km/h não esconde despender mais 1,3 segundos mas como consolo fica o facto de estar menos gulosa, gastando em cidade quase menos um litro, ainda que não evite rodar sempre na casa dos 11 litros de combustível. Pela cidade, beneficia da boa entrega do regime na etapa inicial mas é de um modo geral lenta e pouco desenvencilhada. O recurso à caixa de velocidades é obrigatório em subidas mais íngremes e, a velocidades médias, requer por vezes esforços redobrados em ultrapassagens, acção que requer alguma premeditação. Em auto-estrada «beneficiamos» do facto de raramente rodarmos a uma velocidade prevaricadora da lei, isto até porque o ruído do motor anula tal vontade. Já os pneus, apesar do corte da banda de rodagem com vocação todo-o-terreno, nem fazem especial estrépito sobre o asfalto.

Chegando à fase da «etapa» em que o alcatrão fica para trás, estes BF Goodrich All Terrain (265/70 R16) brilham e revelam-se como uns dos melhores pneumáticos para uma utilização mista entre a estrada e o TT. A Hilux é a única pick-up que os «calça» de origem e a verdade é que estes são responsáveis, também, pela óptima tracção, travagem e controlo de movimentos perante cenários como a areia. Sobre este terreno, a Hilux beneficia da boa força de vontade em baixo regime e nem é preciso activar as redutoras, acção permitida até aos 8 km/h. O desembaraço é nota dominante e já com as quatro rodas a receber energia (é possível passar para tracção integral até aos 80 km/h) a Hilux é uma das melhores na performance fora do asfalto, sendo na classe ultrapassada apenas pela maior eficiência da temível rival Mitsubishi Strakar. De série, traz autoblocante do diferencial traseiro. Já no nível de conforto a Hilux é a melhor no segmento, oferecendo não só uns bancos confortáveis como um amortecimento referencial e até capaz de deitar por terra parte do preconceito que este tipo de carrinhas sofrem, neste âmbito.

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