
Só depois de se rodar a chave se percebe a essência do MPS. Não «ronca» como um carro de competição, embora a sonoridade da linha de escape tenha sido trabalhada, mas tendo como fim a manutenção do conforto acústico na abordagem das altas velocidades. Em auto-estrada, facilmente se percebe o fulgor do pulmão 2.3 turbo, sendo que a sexta velocidade chega para ir dos 120 km/h até ao dobro (limitado pelo aquecimento da transmissão) com grande rapidez. Uma tarefa rapidamente realizável, porque a caixa faz uso de relações bem acertadas e, especialmente, pelo motor deixar transparecer todo o seu vigor desde cedo. Depois de ultrapassadas as 2500 rpm, o aumento da rotação é paralelo ao incremento dos batimentos cardíacos do condutor, mas o Mazda 6 disfarça bastante a velocidade a que rola. Apenas quando é chegada a hora de testar o reforçado sistema de travagem (os discos dianteiros viram o diâmetro aumentar em 37 mm e os traseiros em 34) nos apercebemos do esforço que é necessário fazer no pedal do meio, mas temos e realçar a boa resistência à fadiga por parte dos travões. Mas, mais importante que a rapidez, é a rapidez com que se curva e, nesse particular, o sistema de tracção integral garante uma elevada motricidade, tornando as saídas de curva rápidas e, principalmente, dotadas de uma bela dose de eficácia. É possível rolar em mudanças altas, fruto do elevado poderio mecânico, e acelerar de forma convicta ainda a meio da curva sem que isso signifique alargamento de trajectória. Tudo porque a electrónica do sistema de transmissão avalia meticulosamente todas as situações e gere, da melhor forma, a distribuição de força entre as rodas. Mas atenção: este Mazda 6 MPS não é nem pretende ser um Mitsubishi Lancer Evolution, mas consegue oferecer, por uns competitivos 51.274 euros, uma condução rápida, segura e pejada de emoção e eficácia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário