A vaga Diesel é tão avassaladora que até o icónico Mini se deixou levar na enxurrada. Mas será que ter um Mini a gasóleo é boa «onda». Depois de uns dias ao volante do novo Cooper D, a resposta é um redondo… sim! Mas comecemos pelo princípio. A oferta de um turbodiesel na gama Mini não é nova. Antes do restyling, já podíamos adquirir um Mini equipado com o mesmo 1.4 de 88 cv (inicialmente tinha 75 cv) que podíamos encontrar no Yaris. Apesar de muito linear e da cuidada insonorização, o 1.4 oferecia prestações medianas, o que confinava a sua associação ao nível One. Hoje, fruto do mais enérgico 1.6 de 110 cv, o Mini Diesel passou a ostentar o logótipo «Cooper».
Aliás, do ponto de vista estético, apenas o estilizado «D» na traseira denuncia o tipo de «bebida» preferida deste Mini. A grande diferença surge quando inserimos a chave e pressionamos o botão de start. Se as linhas exteriores deixam as senhoras pelo «beicinho» e o mais macho dos latinos embevecido, já o ruído proveniente das entranhas do capot é tudo menos apaixonante. Atingida a temperatura ideal de funcionamento, o 1.6 até baixa ligeiramente o tom de voz, mas continua a quebrar algum do encanto inerente à condução de um automóvel tão peculiar. Felizmente, as qualidades dinâmicas do Mini continuam inalteradas. Apesar de mais confortável e fácil de conduzir que a anterior geração – à custa de alguma diversão – o Mini continua a ser um exemplo de interactividade: sabemos sempre o que está a acontecer e, na maioria dos casos, o que vai acontecer a seguir. O motor 1.6 de 110 cv contribui, como pode, para o carácter lúdico do Mini, tirando partido da grande disponibilidade a baixos regimes e de um generoso valor de binário (240 Nm), atributos devidamente explorados por uma caixa de seis velocidades que tem ainda o mérito de, a alta velocidade, diminuir o regime a que se rola, beneficiando os consumos e o conforto acústico. Por falar em «alta-velocidade», apesar da vocação roladora do turbodiesel, o Mini continua a sentir-se mais à-vontade numa boa estrada secundária do que a tentar colmatar uma menor eficácia aerodinâmica a «fundo» numa auto-estrada. Acredite que, se optar pela primeira, vai chegar quase ao mesmo tempo e com um sorriso rasgado, desde que o passageiro tenha estômago para co-piloto...
O reverso da medalha : Mas as vantagens de um turbodiesel não se esgotam na disponibilidade a baixos e médios regimes, abrangendo ainda a economia. No campo da utilização, o Mini Cooper D cumpre com o esperado. Face ao Cooper 1.6 a gasolina, que é marginalmente mais rápido, o Diesel gasta, em média, menos 1,7 litros aos 100 Km. Já na aquisição, a análise é mais complexa. Se pensarmos que a diferença para o gasolina ronda os mil euros, este Mini D até parece atractivo, mas racionalmente chegamos à conclusão que pelos 29 700 euros da unidade ensaiada podíamos comprar um Golf 1.9 TDI ou uma Mégane Break 1.5 dCi melhor equipados. Mas alguém compra um Mini com a «cabeça»? Também não nos parece…
Aliás, do ponto de vista estético, apenas o estilizado «D» na traseira denuncia o tipo de «bebida» preferida deste Mini. A grande diferença surge quando inserimos a chave e pressionamos o botão de start. Se as linhas exteriores deixam as senhoras pelo «beicinho» e o mais macho dos latinos embevecido, já o ruído proveniente das entranhas do capot é tudo menos apaixonante. Atingida a temperatura ideal de funcionamento, o 1.6 até baixa ligeiramente o tom de voz, mas continua a quebrar algum do encanto inerente à condução de um automóvel tão peculiar. Felizmente, as qualidades dinâmicas do Mini continuam inalteradas. Apesar de mais confortável e fácil de conduzir que a anterior geração – à custa de alguma diversão – o Mini continua a ser um exemplo de interactividade: sabemos sempre o que está a acontecer e, na maioria dos casos, o que vai acontecer a seguir. O motor 1.6 de 110 cv contribui, como pode, para o carácter lúdico do Mini, tirando partido da grande disponibilidade a baixos regimes e de um generoso valor de binário (240 Nm), atributos devidamente explorados por uma caixa de seis velocidades que tem ainda o mérito de, a alta velocidade, diminuir o regime a que se rola, beneficiando os consumos e o conforto acústico. Por falar em «alta-velocidade», apesar da vocação roladora do turbodiesel, o Mini continua a sentir-se mais à-vontade numa boa estrada secundária do que a tentar colmatar uma menor eficácia aerodinâmica a «fundo» numa auto-estrada. Acredite que, se optar pela primeira, vai chegar quase ao mesmo tempo e com um sorriso rasgado, desde que o passageiro tenha estômago para co-piloto...
O reverso da medalha : Mas as vantagens de um turbodiesel não se esgotam na disponibilidade a baixos e médios regimes, abrangendo ainda a economia. No campo da utilização, o Mini Cooper D cumpre com o esperado. Face ao Cooper 1.6 a gasolina, que é marginalmente mais rápido, o Diesel gasta, em média, menos 1,7 litros aos 100 Km. Já na aquisição, a análise é mais complexa. Se pensarmos que a diferença para o gasolina ronda os mil euros, este Mini D até parece atractivo, mas racionalmente chegamos à conclusão que pelos 29 700 euros da unidade ensaiada podíamos comprar um Golf 1.9 TDI ou uma Mégane Break 1.5 dCi melhor equipados. Mas alguém compra um Mini com a «cabeça»? Também não nos parece…
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