
No habitáculo, encontramos um ambiente requintado, tranquilizante e que segue os passos da actual linhagem da marca nórdica, como o S40. Nem sequer falta aquela moderna consola central. Mas os bancos, o espaço disponível (conseguimos levar quatro passageiros com conforto) e o revestimento da capota são dignos de um segmento superior. A bagageira consegue engolir 200 litros, mesmo quando a capota está aberta, subindo a capacidade até aos 404 litros na configuração Coupé. A lista de equipamento extra é recheada, volante e alavanca da caixa com aplicações em alumínio, abertura para skis no banco traseiro, alarme, sistema de som Dynaudio, telefone integrado, auscultador para telefone, sistema de navegação, caixa de seis cd's, subwoofer, bancos da frente eléctricos, sistema de ajuda ao parqueamento, jantes de 18 polegadas, o que aumenta em cerca de 10 mil euros o preço base deste C70 T5 Geartronic. Tudo isto ajuda a aumentar o primor no habitáculo.
Se por fora é quase imperceptível estarmos perante um descapotável, lá dentro a sensação mantém-se, muito por culpa do excelente revestimento do tecto. O motor T5 é um 2.5 a gasolina sobrealimentado que debita 220 cv, surgindo aqui associado a uma caixa automática de cinco relações. Este facto faz com que as prestações não sejam muito convincentes, já que a caixa se revela algo lenta e pouco cooperante quando queremos retirar todo o sumo da potência disponível. O peso pode ser um empecilho, mas estamos convictos que, neste caso, a caixa manual fará um melhor trabalho. Assim sendo, desde cedo se percebe que o novo C70 não persegue uma dinâmica apurada. Com esta caixa torna-se difícil retirar algum prazer numa condução desportiva e os consumos disparam para um patamar elevado. A direcção é pouco informativa e, para curvar rápido, o novo C70 sustenta-se mais nos enormes pneus de dimensão 235/40 ZR 18 (590 euros) do que no apuro dinâmico do chassis. Nota-se a diferença na rigidez quando abrimos a capota do C70 mas, apesar de tudo, a boa postura mantém-se sem que se transmitam demasiadas vibrações para o habitáculo. Ou seja, houve uma evolução notória face à anterior geração. O conforto de rolamento é sempre elevado e é aqui que se concentram os esforços do novo C70. O corta-vento enriquece a boa atmosfera que se consegue criar a bordo do novo Volvo, já que inibe ventanias indesejadas quando rolamos de capota aberta. Estilo, qualidade e conforto são as máximas deste novo Volvo, que se revela uma tentação, mesmo sabendo que o preço final desta versão supera os 70 mil euros.
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