sábado, 4 de agosto de 2007

Mazda 5 MZR-CD 2.0 Sport

Não é costume esperar grandes emoções de condução quando se está ao volante de um monovolume, mas com o 5 não é bem assim. Este novo Mazda alcança um compromisso que é difícil de atingir: é um automóvel realmente competente no uso familiar e, sempre que lhe é exigido, «mima» o condutor com uma surpreendente postura dinâmica em estrada. As boas notícias não se ficam por aqui, porque o equipamento da versão Sport é bastante completo e o preço de 31 197 euros fica bem abaixo do que seria de esperar de um Diesel deste calibre. E com um estilo sofisticado, que parece reunir muitos apreciadores, é caso para dizer que a Mazda acertou em cheio.

Prático na «vida real : A vida fica tão fácil com o 5. O sistema «mãos livres» dispensa a usual chave de ignição, a postura ao volante é irrepreensível e as portas laterais deslizantes facilitam bastante o acesso aos lugares traseiros, especialmente os da terceira fila de bancos. Pois é, apesar do ar compacto não o dar a entender, este Mazda é um daqueles monovolumes médios capazes de transportar até sete pessoas. Ainda assim, em trajectos mais longos, é aconselhável não levar mais de quatro ocupantes, porque os dois lugares posteriores são apenas uma solução de recurso, ideal para levar mais miudagem a dar um passeio, e o lugar central da segunda fila também não deve muito ao conforto. O melhor será prescindir deste banco, transformando o encosto num apoio de braços e o assento num pequeno saco de arrumações, operações estas bastante fáceis de executar. Contudo, há um aspecto menos apreciado no habitáculo do 5 que é a escassez de pequenas arrumações em torno do condutor.

O MZR-CD de 143 cv desperta sem alarido e com modos muito polidos para um Diesel. A caixa manuseia-se com rapidez e a linearidade mecânica traduz-se numa condução fácil, que mal exige habituação. Os passeios familiares fazem-se num ambiente de comodidade, com suspensões e bancos que amenizam eficazmente as imperfeições da estrada, e a estabilidade a alta velocidade leva-nos a experimentar o potencial do MZR-CD 2.0 de 143 cv. Este cumpre cabalmente com a sua função e facilmente impõe elevados ritmos de viagem, mas o fulgor mecânico nem sequer se traduz num gasto desmesurado de gasóleo. Aliás, a poupança de combustível é um dos factores mais apreciados neste Mazda e é difícil levar o computador de bordo a indicar mais de 7,5 l/100 km, mesmo nas estradas mais retorcidas. Aqui, o que sobressai é a competência dinâmica do 5, que enfrenta as curvas com convicção e uma postura ágil, sem que o controlo de estabilidade tenha necessidade de intervir. Nem parece que estamos ao volante de um monovolume.

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